domingo, 5 de fevereiro de 2012

Traks dos Nossos Percursos

A pedido de muitas famílias BTTisticas deixamos abaixo links para poderem descarregar os Tracks dos percursos que realizámos.
Avisamos que devem ler atentamente os nossos diários, bem como as notas que colocámos em cada percurso, a fim de evitarem os percalços que tivemos.

Boas pedaladas por terras do xisto para todos!


Etapa 1: De Oleiros a Pedrógão Pequeno
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gsboumirsmwtkacw

Etapa 2: De Pedrógão Pequeno a Gondramaz
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=cmrvcvocumwscmso

Etapa 3: De Gondramaz a Comareira
 http://www.gpsies.com/map.do?fileId=ctqvurmmdohodbdk

Etapa 4: De Comareira a Benfeita (Pardieiros)
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=oltmpwfzhzzuqcio

Etapa 5: De Benfeita (Pardieiros) a Pedras Lavradas
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gnkidilmgteafviz

Etapa 6: De Pedras Lavradas a Janeiro de Cima
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=vijiagewtocprpyb

Etapa 7: De Janeiro de Cima Foz do Cobrão
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=hkmuzlpoyvbpbxxi

Etapa 8: De Foz do Cobrão a Água Formosa
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=hofiezsmwdtbgkfn

sábado, 2 de julho de 2011

Etapa 8 - de Foz do Cobrão a Água Formosa

Pedaladas de nostalgia

Depois de uma viagem destas, o último dia deixa sempre alguma nostalgia. Pedaladas molengonas, conversa a recordar as melhores peripécias, que aventuras preparar para o futuro, paragens prolongadas como quem não queria chegar ao fim... O percurso também se proporcionava para isso, a distância era curta, mais alcatrão que o habitual e troços para rolar assim a estilo de treino de recuperação.
Deixámos a Casa do Chafariz em Foz do Cobrão a meio da manhã, fomos entregar a chave ao vizinho que aqui a gente é toda de confiança, comemos qualquer coisa no café em frente e rumámos em direcção Aldeia da Figueira. Uma aldeia gira de explorar de bicicleta porque tem uma zona de ruas muito estreitinhas quase à medida do guiador.
Visitámos a loja do xisto e ficámos a saber que está para breve a abertura de um alojamento local também nesta localidade.
Daqui direccioná-mo-nos para a zona das Moitas, onde fomos visitar o Centro de Ciência Viva da Floresta. Um projecto muito interessante e pouco frequente por terras do interior.
Como a pequeno almoço já lá ia e não prevíamos que houvesse sítios para comer nos próximos kms decidimos fazer aqui um reforço alimentar, pelo sim pelo não.
Daqui rolámos até à povoação da Amêndoa onde subimos ao miradouro, para apreciar a paisagem e «nostalgiar» mais um pouco!
Uns kms mais à frente e estávamos em Água Formosa, a última Aldeia de Xisto da nossa viagem. Mais uma aldeia de casas de pedra delineando os contornos do terreno e moldando-se à paisagem. Depois de usarmos a nora para «ogar» um canteiro muito bem arranjado, aproveitámos para ir à fonte beber alguns líquidos frescos enquanto esperávamos pelo nosso transporte de regresso a casa.Há coisas engraçadas, quando decidimos regressar para a entrada da aldeia ao pegar na bicicleta verifiquei que o pneu da frente estava em baixo. Depois de tantos quilómetros sem qualquer furo, temos um assim que chegamos ao destino! Até parece que também a bicicleta estava nostálgica.
Enfim, oito dias muito bem passados na companhia das nossas fieis companheiras que nos deram oportunidade de conhecer alguns dos melhores recantos do país.
Viajar de bicicleta tem muitas vantagens e uma delas é que se viaja a uma velocidade e por sítios que nos ligam ao terreno e à paisagem, dá para parar facilmente e apreciar os pormenores, dá para fazer distâncias longas e... apreciar as dinâmicas da vida!
Uma sugestão: andem de bicicleta! Hoje 5kms, amanhã 10, depois de amanhã sabe-se lá quantos...

Dados da Etapa:
Etapa 8: 46 Kms 975m Acumulado
Total: 453 Kms 13593m Acumulado

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Etapa 7 - de Janeiro de Cima à Foz do Cobrão


Finalmente rolámos a uma média apresentável

Antes de mais as minhas desculpas por escrever esta crónica com um dia de atraso, mas é que ontem fiz anos e tive a sorte de ter a visita da minha mulher e do meu irmão. Sabem como é, sempre se bebe uma garrafita de vinho nestas ocasiões! Amanhã escreverei sobre a jornada de hoje, a oitava e última.
Quanto à penúltima etapa, prometia, quando analisamos o percurso, ser muito dura, o que acabou por não se verificar. Embora esta tenha sido a mais longa, e de ao final de 15kms estarmos a 1030 metros de altitude a jornada acabou por se revelar bastante rolante.
Saímos da Casa de Janeiro, onde dormimos muito bem, depois de repormos as energias ao pequeno almoço com uma óptima compota de figo e rumámos a Janeiro de baixo, mais uma aldeia ribeirinha, que conta com uma praia fluvial e um parque de campismo com muito bom aspecto.

Era hora de deixar o Zêzere e enfrentar a Serra da Gardunha subindo ao monte Sobreiro. Passámos Bogas de Baixo onde avistámos uma placa que dizia "15%". Quando não avisam tem muito mais piada, mas pedalada atraz de pedalada lá fomos subindo até aos 1030m de altitude. Desta vez o dia não tinha aquele neblina dos outros dias: "já estivemos lá ao fundo! Como é que é possível..."
Descer até Almaceda, onde almoçámos depois de umas compras na mercearia, foi um gozo! Aproveitámos um pouco as sombras da praia fluvial e toca a pedalar até Martim Branco.
Descemos uma levada onde tinha passado à umas semanas na X100 de Castelo Branco e foi sempre a curtir moldando-nos ao percursos como a água faria à uns anos atrás. Martim Branco é uma aldeia castanha, quase completamente de pedra, a qual merecia um pouco de mais de vida.
A partir daqui duas sensações novas. Por um lado apanhamos pela primeira vez uma zona mais ou menos plana, que nos permitiu rolar a bom ritmo, fazendo uma média final de 15kms por hora. Por outro um calor novo que aqui para o sul é muito mais seco do que lá para as zonas a norte da Rede das Aldeias do Xisto. Bebemos ainda mais água do que o habitual.
Depois de recordarmos as Portas do Almourão, onde tínhamos passado no Naturtejo em BTT, chegámos a Sobral Fernando, onde nos ofereceram o melhor lanche de toda a viagem. Um prato de figos bem fresquinhos, acompanhados por uma boa dose de conversa com os ansião da aldeia, o que é que poderíamos querer mais. "Carlitos aprende mais esta que estas pessoas não vivem para sempre!!
Foi difícil deixar aquelas simpáticas gentes, podíamos ficar ali a tarde toda! Mas o mergulho que se seguiu no Ocreza também não soube nada mal. Como não conseguimos encontrar o ouro que dizem que há por aquelas paragem, fomos mas foi procurar o local onde ia-mos dormir. Não foi difícil porque a Casa do Chafariz fica mesmo no Largo principal da Aldeia da Foz do Cobrão.
Trata-se de uma casa antiga, como convém! Mas super equipada, com todas as comodidades para passar ali uns dias de sonho em plena integração com aldeia. Até é possível apreciar ainda a técnica de transportar o cântaro à cabeça, que habilidade!!
Podemos sugerir a partir da Casa do Chafariz uma volta BTT contornando as portas do Almourão no sentido inverso aquele que nós fizemos, uma visita à aldeia de Figueira, ou ainda um Percursos Pedestre marcado pelo vale, onde andámos na expedição do ano passado e que é simplesmente fantástico!

Dados da Etapa:
Etapa 7: 75Kms 1700m Acumulado
Total: 407Kms 12598m Acumulado

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Etapa 6 – de Sobral de São Miguel a Janeiro de Cima

Uma viagem pelo inicio do século passado

Hoje como a jornada se previa curta e relativamente fácil decidimos por o despertador para mais tarde e aproveitar as comodidades do alojamento, já passava das 10h da manhã quando saímos, mas nem por isso o dia foi menos espectacular.

Das Pedras Lavradas, depois de uns kms de alcatrão apanhámos um soberbo single trak sempre ciclável, por um vale que nos fez viajar pelo menos um século para trás. Os terrenos agrícolas estão empoleirados em muros de xisto enormes, os acessos aos mesmos são feitos por pequenas veredas, lá no fundo corre um ribeiro e o melhor de tudo, estão quase todos amanhados. A meio da descida encontrámos a Filipa que tinha vindo com a sua avó tirar o leite à cabra e que ainda nos ofereceu umas ameixas mesmo saborosas.
Depois de nos deliciarmos com aquele cenário chegámos à aldeia de Sobral de São Miguel. Uma aldeia belíssima, construída em tornos de uma ribeira sinuosa e com as casas empoleiradas na encosta íngreme. Visitámos a praia fluvial e… …resistimos porque ainda era de manhã! Visitámos também a casa museu João dos Santos, recheada de utensílios agrícolas tradicionais. Ainda pensámos em aplicar uma albarda nas nossas burras, mas achámos talvez elas se espantassem.
Daqui foi quase sempre a descer até encontrarmos o Zêzere que nos guiou até às minas da Panasqueira. Outro cenário fantástico, desta vez fez-me viajar uns séculos para a frente, se não cuidarmos do nosso planeta ele vai ser como aquelas encostas, desérticas! Ainda que aqui o deserto seja localizado e perfeitamente compreensível pela actividade desenvolvida que pode ser um importante empregador local.
Mais um carreiro, desta vez usado pelos mineiros, levou-nos até à Aldeia da Barroca. Visitámos a Casa Grande onde funciona o Centro Dinamizador das Aldeias de Xisto. Almoçamos e apanhámos o percurso pedestre que nos levou até às gravuras rupestres. Como não temos a certeza se as identificámos correctamente decidimos fazer umas gravuras lamestres!!
Depois de umas subidas, que para quem ia a contar que a jornada de hoje fosse fácil, desanimaram um bocado, e lá chegámos a Janeiro de Cima. Uma aldeia com uma construção muito característica que incorpora nas paredes de Xisto pedras roladas pelo rio de quartzito. Muito interessante e muito bonito! Como o rio está mesmo ali ao lado fomos mandar o mergulho da ordem, e que bem que soube!

Ficámos alojados na Casa de Janeiro, uma destas casas de pedra rolada muito bem recuperada, que nos permite viver a aldeia de forma intensa e ao mesmo tempo ter a privacidade necessária. O local ideal para um fim-de-semana muito bem passado, com o rio mesmo ali ao lado.

Antes de dormir e depois de um belo jantar, deixamos uma sugestão: vir até Janeiro de Cima, passar um dia na praia fluvial, dormir na Casa de Janeiro e no dia seguinte dar uma passeio de Btt em família até Janeiro de Baixo ou aproveitar um dos percurso pedestres que partem da aldeia.

Dados da Etapa:

Etapa 6: 47Kms 1036m Acumulado
Total: 332Kms 10898m Acumulado

terça-feira, 28 de junho de 2011

Etapa 5 – de Benfeita a Sobral de São Miguel (Pedras Lavradas)

Novo Recorde de Altitude: 1320m

Todos os dias da nossa viagem temos apanhado muita montanha e quase sempre subimos acima dos 1000m de altitude. Mas hoje chegámos aquele que deverá ser o ponto mais alto da expedição: 1320m a pouco mais de 30 metros do topo da Serra de São Pedro de Açor.

Saímos do Alojamento Local dos Pardieiros onde fomos recebidos com simplicidade e simpatia, e descemos até à Benfeita. Nesta aldeia apreciamos a zona central da aldeia e visitamos a igreja monumental. Junto a esta aproveitámos para conversar com os anciãos do centro de dia, que nos ensinaram que o milho, que ali ao lado já vai bem alto, naquela terra não precisa de rega. Os terrenos nestas baixas são férteis e têm muita água. “Aquele canteiro de batatas deu 10 sacos!!”
Depois de atravessarmos a povoação da Cerdeira, que nos fez lembrar os azares da etapa 3, passamos por Vinhó e descemos até Vila Cova de Alva, uma das novas aldeias aderentes à rede das Aldeias do Xisto. Ao contrário das aldeias onde temos passado, esta é uma aldeia de dimensões maiores, pelo menos em termos de casario. Embora a nossa visita tenha que ser necessariamente breve, deu para ver que há ali muito património para descobrir.
Depois de andarmos “meio” perdidos no meio de uma plantação de milho à moda antiga, descobrimos Avô, uma vila banhada pelo Alva que logo cativou a nossa atenção. Só por o dia estar um pouco mais fresco é que não demos ali um dos nossos habituais mergulhos. Almoçámos, fomos ao Multibanco, um equipamento raro pelas zonas onde temos andado, e vamos mas é subir a serra que se faz tarde!
A subida começou por uma calçada a fazer lembrar as de Monsanto onde andámos o ano passado, sempre rodeados por muita vegetação. Esta subida levou-nos até Aldeia das Dez mais uma das novas aldeias da rede. Também esta, uma aldeia com um património muito interessante e com gente muito simpática, até soube que há gente daqui a viver na Sertã! Daqui avistámos pela primeira vez a Serra da Estrela.

A partir da Aldeia das Dez foi sempre a subir até avistarmos à esquerda a Aldeia Histórica de Piodão. Era engraçado ir lá abaixo, mas nem me arrisquei a desafiar o Carlos se não ainda íamos mesmo!!

Estávamos por volta dos 950 metros de altitude e a serra à nossa frente assustava um pouco! “É para subir é para subir”, pedalada atrás de pedalada lá fomos descobrindo que a subida afinal era melhor desenhada do que aquilo que parecia. Depois de passarmos 3 picos chegámos ao mais alto da nossa rota: 1320m. Andar aqui no topo tem muita piada!

A descida foi vertiginosa 400m para ai em 1,5kms e com imensa pedra, um grande teste às bicicletas que se revelaram à altura do desafio, mesmo a minha que anda com a roda de traz um pouco empenada desde a etapa 3!

O final da Etapa foi em Pedras Lavradas já dentro do Parque Natural da Serra da Estrela, onde encontrámos um alojamento cheio de bom gosto e de qualidade, com uma localização simplesmente assombrosa para apreciar o por do sol!

Uma sugestão: Dormir e jantar nas Pedras Lavradas, pegar na bicicleta e ir até ao Sobral de São Miguel como nós vamos amanhã. Porque não…


Dados da Etapa:
Etapa 5: 60 Kms 2358m Acumulado
Total: 285 Kms 9862m Acumulado

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Etapa 4 – de Comareira à Benfeita

Um dia muito Be(m)feito!

Hoje o calor amainou um pouco o que facilitou bastante a etapa! Para Além disso não tivemos problemas de navegação e encontrámos muita simpatia pelo caminho, por isso podemos dizer que este foi um dia “benfeito”.

Da Comareira passámos por Aigra Nova onde visitámos a Loja do Xisto e seguimos sem grandes demoras para Aigra Velha e Pena. Nesta aldeia pusemos a conversa em dia com duas senhoras que andavam a tratar da horta e apreciamos os penhascos vertiginosos proporcionados pela crista quartzitica junto à aldeia.Atravessámos essa crista pelo vale ao som das cascatas e chegámos à povoação seguinte. Embora ainda fosse cedo, como por esta zona não há muitas localidades com estabelecimentos onde se possa comer decidimos procurar alguma coisa. Logo duas cabras anunciaram uma pastora nos pôs à conversa com o presidente da Comissão de Melhoramentos de Ribeira Cimeira e Fundeira que abriu especialmente para nós o bar da cede. A sua esposa trouxe uma cebola, o pão que tinha na arca e com duas latas de sardinhas aqui se fez um petisco daqui!!
Chegou a hora de conquistar a primeira Serra do dia, até aos 990m de altitude, já perto do topo, mas Cabeçadas, ainda encontrámos um restaurante, e como as sardinhas tinham ficado todas na subida decidimos almoçar ali. Depois de uns dedos de conversa com o senhor “Judeu” sobre as carroças que transportavam o azeite desde a Casa Mendonça da Aldeia do Xisto de Álvaro, foi hora de rolar pelo viso até apanharmos a descida para o Fajão.
No Fajão, terra de meninas bonitas, reforçámos a água e despedimo-nos da Serra da Lousã, para iniciarmos a subida da serra do Açor, dos 560m na Ponte do Fajão até aos 1050m quase no topo da Serra. Aqui começámos a perceber que a paisagem não tem só beleza, mas também um imenso valor Natural.

Já perto do final da jornada e depois de atravessarmos um imenso bosque de carvalhos chegámos à sede da Paisagem Protegida da Serra do Açor onde apesar de já estar na hora do fecho, nos convidaram a visitar a muito interessante exposição interpretativa.

No entanto o melhor ainda estava para vir! Deixámos os sacos no Alojamento Local dos Pardieiros, a 2 kms da Benfeita, e descemos até à Fraga da Pena! E que pena que me dá que não conheçam este local!

Uma cascada de cerca de 10 metros encaixada na rocha a cair sobre um lago rasteiro e único para um mergulho! E que bem que soube! Quando pensávamos que já tínhamos visto tudo o Carlos ainda descobriu um encadeamento de cascatas acima desta principal, onde também pudemos ver, em estado completamente selvagem rãs, salamandras e pequenas cobras!

Um dia muito Benfeito!!

Mais fotos em: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.193912103992056.44751.175902835792983&l=e5ba128a91

Dados da Etapa:
Etapa 4: 59 Kms 2050m Acumulado
Total: 225 Kms 7504m Acumulado

domingo, 26 de junho de 2011

Etapa 3 - de Gondramaz à Comareira

O melhor e o pior num só dia

O dia de hoje não podia começar melhor! Um apetitoso pequeno-almoço preparado pela dona Lúcia do Pátio do Xisto, que nos preparou também umas belas sanduíches para o almoço. Seguimos depois ao longo da serra numa subida muito suave que nos levou até ao Chiqueiro, uma aldeia com a construção completamente típica, mas que nos pareceu desabitada, onde as abelhas eram as rainhas, pelo menos na fonte! Ainda assim com algum cuidado conseguimos beber água fresca sem qualquer ferradela.


Depois seguiu-se Casal Novo, Talasnal e Candal. Nesta zona encontrámos muita gente a realizar percursos pedestres entre os quais um grupo de espanhóis. Também nesta zona percorremos single traks fantásticos, bastante cicláveis, à sombra dos castanheiros, com fontes pelo meio e atravessando pequenas localidades que também mereceriam o titulo de Aldeias do Xisto, uma das quais atravessada por um ribeiro e com música de vários estilos a sair das janelas, onde almoçámos.
Quanto às aldeias desta zona são completamente de Xisto, apenas se identificando as telhas dos telhados como material alternativo. As aldeias classificadas apresentam-se também muito bem recuperadas, no entanto nas não classificadas podemos por vezes identificar de forma mais genuína os traços históricos e culturais destas pequenas localidades.

A partir de Candal e depois de uma visita à Loja do Xisto desta localidade, veio o pior. Primeiro a subida para a Serdeira, ainda assim, com este obstáculo já íamos a contar! O problema foi depois da Serdeira, onde perdemos o rasto ao track. Andámos mais de uma hora para o recuperar, por carreiros dos javalis, no meio do mato e a subir e descer barreiras sempre a carregar as princesas!


Depois de umas pernas bastante arranhadas e de dar conta que a minha roda de traz começou a empenar, lá regressámos ao trilho para enfrentar a subida à Serra da Lousã. Mesmo até ao topo, 1175m de altitude. Até nos nasceu alma nova!


A partir daqui foi sempre a descer até à Comareira onde ficámos alojadas depois de vários sobressaltos que quase nos levaram a dormir num telheiro com dois colchões emprestados.



Dados da Etapa:
Etapa 3: 44 Kms 1792m Acumulado
Total: 166 Kms 5454m Acumulado