Odisseia pelas Aldeias do Xisto em BTT
8 Dias, 27 Aldeias, 600kms... O Diário de uma Viagem em Bicicleta Todo-o-Terreno. De 24 de Junho a 01 de Julho 2011
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Traks dos Nossos Percursos
Avisamos que devem ler atentamente os nossos diários, bem como as notas que colocámos em cada percurso, a fim de evitarem os percalços que tivemos.
Boas pedaladas por terras do xisto para todos!
Etapa 1: De Oleiros a Pedrógão Pequeno
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gsboumirsmwtkacw
Etapa 2: De Pedrógão Pequeno a Gondramaz
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=cmrvcvocumwscmso
Etapa 3: De Gondramaz a Comareira
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=ctqvurmmdohodbdk
Etapa 4: De Comareira a Benfeita (Pardieiros)
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=oltmpwfzhzzuqcio
Etapa 5: De Benfeita (Pardieiros) a Pedras Lavradas
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gnkidilmgteafviz
Etapa 6: De Pedras Lavradas a Janeiro de Cima
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=vijiagewtocprpyb
Etapa 7: De Janeiro de Cima Foz do Cobrão
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=hkmuzlpoyvbpbxxi
Etapa 8: De Foz do Cobrão a Água Formosa
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=hofiezsmwdtbgkfn
sábado, 2 de julho de 2011
Etapa 8 - de Foz do Cobrão a Água Formosa
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Etapa 7 - de Janeiro de Cima à Foz do Cobrão
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Etapa 6 – de Sobral de São Miguel a Janeiro de Cima
Uma viagem pelo inicio do século passado
Hoje como a jornada se previa curta e relativamente fácil decidimos por o despertador para mais tarde e aproveitar as comodidades do alojamento, já passava das 10h da manhã quando saímos, mas nem por isso o dia foi menos espectacular.
Das Pedras Lavradas, depois de uns kms de alcatrão apanhámos um soberbo single trak sempre ciclável, por um vale que nos fez viajar pelo menos um século para trás. Os terrenos agrícolas estão empoleirados em muros de xisto enormes, os acessos aos mesmos são feitos por pequenas veredas, lá no fundo corre um ribeiro e o melhor de tudo, estão quase todos amanhados. A meio da descida encontrámos a Filipa que tinha vindo com a sua avó tirar o leite à cabra e que ainda nos ofereceu umas ameixas mesmo saborosas.Ficámos alojados na Casa de Janeiro, uma destas casas de pedra rolada muito bem recuperada, que nos permite viver a aldeia de forma intensa e ao mesmo tempo ter a privacidade necessária. O local ideal para um fim-de-semana muito bem passado, com o rio mesmo ali ao lado.
Antes de dormir e depois de um belo jantar, deixamos uma sugestão: vir até Janeiro de Cima, passar um dia na praia fluvial, dormir na Casa de Janeiro e no dia seguinte dar uma passeio de Btt em família até Janeiro de Baixo ou aproveitar um dos percurso pedestres que partem da aldeia.
Dados da Etapa:
terça-feira, 28 de junho de 2011
Etapa 5 – de Benfeita a Sobral de São Miguel (Pedras Lavradas)
Todos os dias da nossa viagem temos apanhado muita montanha e quase sempre subimos acima dos 1000m de altitude. Mas hoje chegámos aquele que deverá ser o ponto mais alto da expedição: 1320m a pouco mais de 30 metros do topo da Serra de São Pedro de Açor.
Depois de andarmos “meio” perdidos no meio de uma plantação de milho à moda antiga, descobrimos Avô, uma vila banhada pelo Alva que logo cativou a nossa atenção. Só por o dia estar um pouco mais fresco é que não demos ali um dos nossos habituais mergulhos. Almoçámos, fomos ao Multibanco, um equipamento raro pelas zonas onde temos andado, e vamos mas é subir a serra que se faz tarde!
A subida começou por uma calçada a fazer lembrar as de Monsanto onde andámos o ano passado, sempre rodeados por muita vegetação. Esta subida levou-nos até Aldeia das Dez mais uma das novas aldeias da rede. Também esta, uma aldeia com um património muito interessante e com gente muito simpática, até soube que há gente daqui a viver na Sertã! Daqui avistámos pela primeira vez a Serra da Estrela.
A partir da Aldeia das Dez foi sempre a subir até avistarmos à esquerda a Aldeia Histórica de Piodão. Era engraçado ir lá abaixo, mas nem me arrisquei a desafiar o Carlos se não ainda íamos mesmo!!
Estávamos por volta dos 950 metros de altitude e a serra à nossa frente assustava um pouco! “É para subir é para subir”, pedalada atrás de pedalada lá fomos descobrindo que a subida afinal era melhor desenhada do que aquilo que parecia. Depois de passarmos 3 picos chegámos ao mais alto da nossa rota: 1320m. Andar aqui no topo tem muita piada!
A descida foi vertiginosa 400m para ai em 1,5kms e com imensa pedra, um grande teste às bicicletas que se revelaram à altura do desafio, mesmo a minha que anda com a roda de traz um pouco empenada desde a etapa 3!
O final da Etapa foi em Pedras Lavradas já dentro do Parque Natural da Serra da Estrela, onde encontrámos um alojamento cheio de bom gosto e de qualidade, com uma localização simplesmente assombrosa para apreciar o por do sol!
Uma sugestão: Dormir e jantar nas Pedras Lavradas, pegar na bicicleta e ir até ao Sobral de São Miguel como nós vamos amanhã. Porque não…
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Etapa 4 – de Comareira à Benfeita
Hoje o calor amainou um pouco o que facilitou bastante a etapa! Para Além disso não tivemos problemas de navegação e encontrámos muita simpatia pelo caminho, por isso podemos dizer que este foi um dia “benfeito”.
Da Comareira passámos por Aigra Nova onde visitámos a Loja do Xisto e seguimos sem grandes demoras para Aigra Velha e Pena. Nesta aldeia pusemos a conversa em dia com duas senhoras que andavam a tratar da horta e apreciamos os penhascos vertiginosos proporcionados pela crista quartzitica junto à aldeia.Atravessámos essa crista pelo vale ao som das cascatas e chegámos à povoação seguinte. Embora ainda fosse cedo, como por esta zona não há muitas localidades com estabelecimentos onde se possa comer decidimos procurar alguma coisa. Logo duas cabras anunciaram uma pastora nos pôs à conversa com o presidente da Comissão de Melhoramentos de Ribeira Cimeira e Fundeira que abriu especialmente para nós o bar da cede. A sua esposa trouxe uma cebola, o pão que tinha na arca e com duas latas de sardinhas aqui se fez um petisco daqui!!Já perto do final da jornada e depois de atravessarmos um imenso bosque de carvalhos chegámos à sede da Paisagem Protegida da Serra do Açor onde apesar de já estar na hora do fecho, nos convidaram a visitar a muito interessante exposição interpretativa.
No entanto o melhor ainda estava para vir! Deixámos os sacos no Alojamento Local dos Pardieiros, a 2 kms da Benfeita, e descemos até à Fraga da Pena! E que pena que me dá que não conheçam este local!
Uma cascada de cerca de 10 metros encaixada na rocha a cair sobre um lago rasteiro e único para um mergulho! E que bem que soube! Quando pensávamos que já tínhamos visto tudo o Carlos ainda descobriu um encadeamento de cascatas acima desta principal, onde também pudemos ver, em estado completamente selvagem rãs, salamandras e pequenas cobras!
Um dia muito Benfeito!!
Mais fotos em: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.193912103992056.44751.175902835792983&l=e5ba128a91
domingo, 26 de junho de 2011
Etapa 3 - de Gondramaz à Comareira
O melhor e o pior num só dia
O dia de hoje não podia começar melhor! Um apetitoso pequeno-almoço preparado pela dona Lúcia do Pátio do Xisto, que nos preparou também umas belas sanduíches para o almoço. Seguimos depois ao longo da serra numa subida muito suave que nos levou até ao Chiqueiro, uma aldeia com a construção completamente típica, mas que nos pareceu desabitada, onde as abelhas eram as rainhas, pelo menos na fonte! Ainda assim com algum cuidado conseguimos beber água fresca sem qualquer ferradela.
A partir de Candal e depois de uma visita à Loja do Xisto desta localidade, veio o pior. Primeiro a subida para a Serdeira, ainda assim, com este obstáculo já íamos a contar! O problema foi depois da Serdeira, onde perdemos o rasto ao track. Andámos mais de uma hora para o recuperar, por carreiros dos javalis, no meio do mato e a subir e descer barreiras sempre a carregar as princesas!
Depois de umas pernas bastante arranhadas e de dar conta que a minha roda de traz começou a empenar, lá regressámos ao trilho para enfrentar a subida à Serra da Lousã. Mesmo até ao topo, 1175m de altitude. Até nos nasceu alma nova!