sexta-feira, 1 de julho de 2011

Etapa 7 - de Janeiro de Cima à Foz do Cobrão


Finalmente rolámos a uma média apresentável

Antes de mais as minhas desculpas por escrever esta crónica com um dia de atraso, mas é que ontem fiz anos e tive a sorte de ter a visita da minha mulher e do meu irmão. Sabem como é, sempre se bebe uma garrafita de vinho nestas ocasiões! Amanhã escreverei sobre a jornada de hoje, a oitava e última.
Quanto à penúltima etapa, prometia, quando analisamos o percurso, ser muito dura, o que acabou por não se verificar. Embora esta tenha sido a mais longa, e de ao final de 15kms estarmos a 1030 metros de altitude a jornada acabou por se revelar bastante rolante.
Saímos da Casa de Janeiro, onde dormimos muito bem, depois de repormos as energias ao pequeno almoço com uma óptima compota de figo e rumámos a Janeiro de baixo, mais uma aldeia ribeirinha, que conta com uma praia fluvial e um parque de campismo com muito bom aspecto.

Era hora de deixar o Zêzere e enfrentar a Serra da Gardunha subindo ao monte Sobreiro. Passámos Bogas de Baixo onde avistámos uma placa que dizia "15%". Quando não avisam tem muito mais piada, mas pedalada atraz de pedalada lá fomos subindo até aos 1030m de altitude. Desta vez o dia não tinha aquele neblina dos outros dias: "já estivemos lá ao fundo! Como é que é possível..."
Descer até Almaceda, onde almoçámos depois de umas compras na mercearia, foi um gozo! Aproveitámos um pouco as sombras da praia fluvial e toca a pedalar até Martim Branco.
Descemos uma levada onde tinha passado à umas semanas na X100 de Castelo Branco e foi sempre a curtir moldando-nos ao percursos como a água faria à uns anos atrás. Martim Branco é uma aldeia castanha, quase completamente de pedra, a qual merecia um pouco de mais de vida.
A partir daqui duas sensações novas. Por um lado apanhamos pela primeira vez uma zona mais ou menos plana, que nos permitiu rolar a bom ritmo, fazendo uma média final de 15kms por hora. Por outro um calor novo que aqui para o sul é muito mais seco do que lá para as zonas a norte da Rede das Aldeias do Xisto. Bebemos ainda mais água do que o habitual.
Depois de recordarmos as Portas do Almourão, onde tínhamos passado no Naturtejo em BTT, chegámos a Sobral Fernando, onde nos ofereceram o melhor lanche de toda a viagem. Um prato de figos bem fresquinhos, acompanhados por uma boa dose de conversa com os ansião da aldeia, o que é que poderíamos querer mais. "Carlitos aprende mais esta que estas pessoas não vivem para sempre!!
Foi difícil deixar aquelas simpáticas gentes, podíamos ficar ali a tarde toda! Mas o mergulho que se seguiu no Ocreza também não soube nada mal. Como não conseguimos encontrar o ouro que dizem que há por aquelas paragem, fomos mas foi procurar o local onde ia-mos dormir. Não foi difícil porque a Casa do Chafariz fica mesmo no Largo principal da Aldeia da Foz do Cobrão.
Trata-se de uma casa antiga, como convém! Mas super equipada, com todas as comodidades para passar ali uns dias de sonho em plena integração com aldeia. Até é possível apreciar ainda a técnica de transportar o cântaro à cabeça, que habilidade!!
Podemos sugerir a partir da Casa do Chafariz uma volta BTT contornando as portas do Almourão no sentido inverso aquele que nós fizemos, uma visita à aldeia de Figueira, ou ainda um Percursos Pedestre marcado pelo vale, onde andámos na expedição do ano passado e que é simplesmente fantástico!

Dados da Etapa:
Etapa 7: 75Kms 1700m Acumulado
Total: 407Kms 12598m Acumulado

4 comentários:

MG disse...

Parabéns por esta Aventura / Odisseia.
Dá sempre vontade de ler mais e mais.
Pena que tenha terminado.
Dou-vos os meus sinceros parabéns, pelo Blog, pela iniciativa, pelas descrições, pelas fotos...

Espero k não fikem por aki!
Até breve

Cumps.

MG disse...

Só um reparo, neste texto da etapa 7, onde escrevem:
"Depois de recordarmos as Portas do Almourão, onde tínhamos passado no Naturtejo em BTT, chegámos a Sobral de São Miguel,"

seria antes "Foz do Cobrão", certo?
Abraço

Rui Lourenço disse...

Olá MG!

Obrigado pelas tuas palavras!!
E obrigado também pelo reparo. Depois de tantas localidades, embora todas sejam únicas, às vezes o nosso cérebro falha. Em vez de Sobral de São Miguel deveria ter escrito Sobral Fernando. Vou alterar.

Obrigado mais uma vez!

Até breve!!

Ivone Passos disse...

Ao Rui e ao Carlos(meu primo)quero deixar registrado aqui meus Parabéns pela iniciativa deste blog, belos comentários, belas fotos e também pelo compromisso que vocês têm com a natureza,já não digo todas, mas se pelo menos a maioria das pessoas tivessem um pouco da coragem que vocês têm, com certeza o mundo seria bem melhor. até breve, esperamos registro de mais aventuras.