domingo, 26 de junho de 2011

Etapa 2 de Pedrógão Pequeno a Gondramaz

O estranho aparecimento de São João do Deserto

A 2ª etapa começou em grande, saímos de Pedrógão Pequeno em direcção ao Curral das Freiras, atravessávamos o antigo túnel da construção da barragem do cabril e percorremos o percurso pedestre ali marcado até à ponte Filipina que divide os Concelhos de Sertã e Pedrogão Grande. O cenário aqui é uma espécie de lição de história com engenharia com duas pontes de gerações completamente diferentes a partilharem as mesmas margens!

Ultrapassada a primeira dificuldade do dia, subir pela calçada da ponte Filipina até Pedrógão Grande, seguimos por um muito interessante emaranhado de pequenas localidades que nos conduziu até Figueiró dos Vinhos. Aqui visitamos o Mercado Municipal, onde no espaço de um minuto fomos confrontados com duas faces da natureza humana, por um lado um simpático camponês que nos oferecia genuinamente a sua casa para grelharmos umas sardinhas para o almoço, e por outro, o guarda do mercado que, sem modos, quase nos expulsava porque não podíamos andar por ali de bicicleta.
Depois de Figueiró seguia-se Casal de S. Simão, o problema foi chegar lá! Primeiro o trak levou-nos até uma cascata. Muito bonita, mas sem saída! Depois o meu GPS tinha os ficheiros mal carregados e o do Carlos não tinha cartografia. Lá atravessámos umas hortas e uns quintais e conseguimos descobrir uma ponte pedonal onde conseguimos atravessar.
Finalmente chegámos às Fragas de São Simão, um sítio único! Uma cascata entranhada na montanha com água super cristalina a correr com grande caudal. Daqueles sítios que só costumemos ver nos filmes. Com os 40 graus que se faziam sentir e com aquele cenário era impossível resistir a um mergulho!!
Já mais frescos visitámos o Casal de São Simão e preparámo-nos para a parte mais dura da etapa, a subida para a Serra da Lousã. E que subida, sempre com a avozinha metida até chegarmos às Ferrarias de São João já a 650m de altitude. Aqui aproveitámos para ver a pressão dos pneus na “Estação de Serviço” do Centro de BTT das Aldeias do Xisto.
Como o dia já ia longo seguimos caminho, sem mais demoras, por um dos percursos de BTT marcados rumo à Serra da Lousã. Em plena serra, já a 850m de altitude e depois de muitos kms sem ver vivalma aparece-nos… … uma barraca de farturas! Era o arraial de São João do Deserto e ia haver festa à noite! A zona realmente é descampada, mas a vista daqui é magnífica. Não podíamos ir embora sem deixar uma esmola ao santo para que nos acompanhe até ao fim da viagem.

A chegada a Gondramaz é fantástica, a aldeia está envolvida num enorme souto, onde descobrirmos uma aldeia belíssima. As ruas são estreitinhas, muito arranjadas e tudo é de xisto. Fomos recebidos no Pátio do Xisto uma pequena casa Casa de Campo preparada com muito bom gosto, completamente enquadrada e com todas as comodidades. Para completar o dia nada melhor que um saboroso arroz de cabidela preparado pela Dona Lúcia no seu restaurante. O restaurante do Pátio do Xisto é um espaço completamente familiar, onde para além de recuperarmos as energias para o dia seguinte, tivemos possibilidade de conversar de forma muito agradável com todos os clientes.

Para terminar deixamos uma sugestão para um fim-de-semana destes, visitar Gondramaz, dormir no Pátio do Xisto, jantar na seu restaurante e partir em BTT por um dos percursos do Centro de BTT ou num dos muitos percursos pedestres da zona. Porque não? Pensem nisso…

Mais Fotos: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.193420780707855.44569.175902835792983&l=75eb3c44e9

Dados da Etapa:

Etapa 2: 70Kms 2224m Acumulado
Total: 122Kms 3662m Acumulado

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